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Economia

Aumento do Bolsa Família reduz procura por emprego, aponta estudo 55ni

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A ampliação dos benefícios do programa Bolsa Família gerou diminuição na busca por emprego, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV). A instituição constatou que as mulheres, os jovens e os trabalhadores de baixa qualificação, principalmente nas regiões e Nordeste, são os mais impactados.

De acordo com o estudo, liderado pelo professor Daniel Duque, mestre em ciências econômicas pela Universidade Federal do (UFRJ), os programas sociais desempenham um papel crucial na oferta de trabalho. Embora ofereçam e essencial para superar obstáculos, como a falta de qualificação e recursos, esses benefícios podem também desencorajar a procura ativa por empregos — especialmente quando o auxílio financeiro é superior ao salário de um emprego formal.

A pesquisa analisou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada pelo (IBGE), e adotou uma abordagem de identificação causal para investigar como a expansão das transferências de renda afetou a participação no mercado de trabalho em várias regiões do país.

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O Bolsa Família pós-pandemia 3e1s5n

Os dados de 2019 a 2023 mostram que, antes da pandemia de , o impacto do auxílio sobre a participação no mercado de trabalho era quase inexistente. Contudo, com a multiplicação do valor médio do benefício, que ou de cerca de R$ 200 para quase R$ 700 depois da reestruturação do programa, a influência sobre a diminuição da participação no trabalho se tornou evidente.

Desde o início da pandemia, o auxílio emergencial transformou o Bolsa Família, que, depois de ser renomeado para Auxílio Brasil, garantiu valores iniciais de R$ 400 por família, elevando-se posteriormente para R$ 600. Em 2023, com a volta ao nome original, o programa chegou ao atual benefício médio.

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O impacto do programa social na busca por emprego 185o27

Os dados mostram que a expansão do Bolsa Família tem impactos significativos no mercado de trabalho, especialmente nos grupos vulneráveis. A análise revela uma tendência alarmante de desestímulo à participação no mercado, particularmente nas regiões Norte e Nordeste, onde as mulheres e os jovens se mostram mais suscetíveis às mudanças nas condições econômicas e nos incentivos dos programas sociais.

Atualmente, 20,7 milhões de famílias recebem o benefício, com um valor médio de R$ 684,27. A maioria das famílias beneficiadas está na Região Nordeste, totalizando 9,28 milhões, seguida pelo Sudeste (6 milhões) e Norte (2,62 milhões). Além disso, 17,28 milhões dessas famílias são chefiadas por mulheres.

O programa também inclui uma regra de proteção, que visa a incentivar a busca por emprego formal. Essa norma permite que as famílias continuem recebendo o benefício mesmo depois da formalização de um emprego — desde que a renda não ultrae meio salário mínimo por integrante. Neste mês, 2,64 milhões de famílias foram beneficiadas por essa regra, com um valor médio de R$ 372,07.

Os beneficiários agora enfrentam o desafio de garantir que seus empregos formais compensem a perda de renda do Bolsa Família, além de considerar possíveis rendimentos informais.

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Fonte: revistaoeste

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