O abriu um inquĂ©rito para apurar possĂveis irregularidades em um contrato firmado entre a e a para produção de vacinas contra a covid-19.
A investigação teve inĂcio no ano ado, em carĂĄter sigiloso, a partir de um procedimento preparatĂłrio, agora transformado em inquĂ©rito oficial. Os contratos com a AstraZeneca permanecem disponĂveis para consulta no website da Fiocruz.
De acordo com uma reportagem da revista Veja, a fundação informou que os documentos foram encaminhados aos deputados integrantes da Comissão Externa da Cùmara dos Deputados para o enfrentamento da covid-19.

Em seu website, a Fiocruz afirma que âa premissa original do contrato Ă© garantir a produção nacional da vacina para a população brasileira, pelo SUS, e atender Ă demanda do Programa Nacional de Imunizaçãoâ. Na Ă©poca do acordo, cada dose era produzida por US$ 3,16.
O acordo começou com a importação do Ingrediente FarmacĂȘutico Ativo (IFA) e a finalização da vacina em Bio-Manguinhos (RJ), com um investimento de R$ 1,9 bilhĂŁo e entrega de 100 milhĂ”es de doses ao SUS. Em 2021, foi assinado um contrato de transferĂȘncia de tecnologia, permitindo a produção integral da vacina no paĂs.
A produção da vacina da AstraZeneca pela Fiocruz foi feita de acordo com as demandas do MinistĂ©rio da SaĂșde. No entanto, com a redução da necessidade global e o surgimento de novos imunizantes, a AstraZeneca suspendeu a fabricação da Vaxzevria em 2024, e a Fiocruz tambĂ©m interrompeu sua produção. Apesar disso, o contrato entre as instituiçÔes segue ativo, permitindo uma eventual retomada.
Thais Possati de Souza tinha 35 anos e estava grĂĄvida de 23 semanas do segundo filho.
Para o juiz da 48ÂȘ Vara CĂvel do Rio de Janeiro, Mauro Nicolau Junior, ficou provado que as mortes do bebĂȘ ainda nĂŁo nascido e da mĂŁe decorreram da vacina.
Thais morreu em 10 de maio de 2021, 17 dias depois de tomar a primeira dose da AstraZeneca. O bebĂȘ morreu em 9 de maio. Segundo os documentos mĂ©dicos, no dia seguinte Ă injeção, ela teve âuma sĂ©rie de complicaçÔes em sua saĂșde, evoluindo para um quadro de AVC hemorrĂĄgico associado Ă trombose de seio venosoâ. Antes disso, a promotora nĂŁo tinha nenhum problema de saĂșde.
Consta da decisĂŁo do juiz, que Thais âfoi a primeira grĂĄvida brasileira a vir a Ăłbito tendo como causa a vacina Oxford-AstraZenecaâ. Em razĂŁo disso, o governo brasileiro suspendeu, naquela mesma data, a aplicação da vacina da fabricante a todas as mulheres grĂĄvidas do Brasil.Â
A vacina da Oxford-AstraZeneca e a da Fiocruz-AstraZeneca sĂŁo o mesmo imunizante. Ambas empregam a tecnologia de vetor viral nĂŁo replicante, utilizando um adenovĂrus de chimpanzĂ© modificado (ChAdOx1) para levar o gene da proteĂna spike do Sars-CoV-2.
Fonte: revistaoeste