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PolĂ­tica

Defesa pede que FlĂĄvio Dino se declare impedido no Caso Marielle Franco 451945

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A defesa do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da PolĂ­cia Civil do Rio de Janeiro, vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro FlĂĄvio Dino se declare impedido de julgar a denĂșncia da Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) contra Rivaldo. Ele Ă© suspeito de ser um dos mentores do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ).

Na prĂłxima semana, a defesa de Rivaldo Barbosa apresentarĂĄ ao STF uma peça de defesa para pedir a rejeição da denĂșncia. O documento tambĂ©m abordarĂĄ a suspeição de Dino.

“O regimento interno do STF prevĂȘ que o ministro pode se autodeclarar suspeito para o caso”, disse ao portal R7 o advogado Marcelo Ferreira. “A gente espera que faça isso. Ele nĂŁo teria competĂȘncia para decidir algo que mandou investigar. Se fosse sĂł um ministro da Justiça que virou ministro do STF, nĂŁo tem problema nenhum. Mas ele foi o ministro da Justiça que deu o pontapĂ© inicial Ă  investigação.”

A defesa de Rivaldo Barbosa alega que FlĂĄvio Dino influenciou a investigação enquanto era ministro da Justiça e Segurança PĂșblica. Em fevereiro do ano ado, ele ordenou Ă  PolĂ­cia Federal que iniciasse um inquĂ©rito sobre o caso.

“A fim de ampliar a colaboração federal com as investigaçÔes sobre a organização criminosa que perpetrou os homicĂ­dios de Marielle e Anderson Gomes, determinei a instauração de inquĂ©rito na PolĂ­cia Federal”, afirmou Dino, na Ă©poca. “Estamos fazendo o mĂĄximo para ajudar a esclarecer tais crimes.”

A denĂșncia da PGR contra Rivaldo Barbosa ainda nĂŁo foi analisada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso Marielle Franco no STF. A decisĂŁo de Moraes precisarĂĄ ser votada pela Primeira Turma do Supremo, formada por Cristiano Zanin, CĂĄrmen LĂșcia, FlĂĄvio Dino e Luiz Fux.

Na segunda-feira 3, Rivaldo Barbosa vai prestar depoimento Ă  PolĂ­cia Federal (PF) sobre o caso. “O relatĂłrio da PolĂ­cia Federal coloca o Rivaldo como mentor intelectual do assassinato, a pessoa que preparou meticulosamente o assassinato da Marielle com Chiquinho e Domingos BrazĂŁo”, sustentou o advogado Felipe Dalleprane. “Mas nĂŁo existe nos autos do inquĂ©rito nenhuma prova de relação, de vĂ­nculo, de trato, de diĂĄlogo, de encontro entre Rivaldo e os irmĂŁos BrazĂŁo, nĂŁo existe isso no processo.”

A defesa tambĂ©m solicitarĂĄ que a Justiça ouça testemunhas que possam ajudar a desconstruir a tese da PolĂ­cia Federal. Entre as testemunhas estĂŁo duas promotoras que, segundo as investigaçÔes, abandonaram o caso Marielle por interferĂȘncia externa; o delegado Giniton Lages, indicado por Rivaldo; e o ex-secretĂĄrio de segurança Richard Nunes, atual chefe do Estado-Maior do ExĂ©rcito.

A denĂșncia da PGR contra os envolvidos na morte de Marielle foi apresentada ao STF no inĂ­cio de maio. O vice-procurador-geral da RepĂșblica, Hindenburgo Chateaubriand, afirmou que o delegado “detinha o controle dos meios necessĂĄrios para garantir a impunidade do crime” e que foi ele “quem orientou a todos a nĂŁo executarem o crime em trajeto que partisse ou seguisse para a CĂąmara Municipal, para dissimular a motivação polĂ­tica do crime”.

Segundo o vice-procurador, Rivaldo “concorreu para as infraçÔes, empregando a autoridade do cargo de chefia que entĂŁo ocupava na estrutura da PolĂ­cia Civil do Estado do Rio de Janeiro, para oferecer a garantia necessĂĄria aos autores intelectuais do crime de que todos permaneceriam impunes”.

De acordo com a PGR, os mandantes do crime informaram o plano a Rivaldo Barbosa, com quem, segundo a denĂșncia, “acertaram o apoio para que fosse, caso necessĂĄrio, dificultada a futura investigação”.

“Rivaldo, beneficiário de quantias mensais fixas pagas por milicianos e contraventores no município do Rio de Janeiro, encorajou a decisão, prestando, inclusive, auxílio intelectual aos criminosos, ao orientá-los a não executar Marielle Franco durante nenhum trajeto que tivesse a Cñmara Municipal como ponto de origem ou de destino”, considerou a PGR.

A procuradoria denunciou Rivaldo Barbosa pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, praticado em concurso de pessoas contra Marielle; homicídio quadruplamente qualificado, praticado em concurso de pessoas contra Anderson Gomes; e tentativa de homicídio quadruplamente qualificado, praticado em concurso de pessoas contra a assessora de Marielle, Fernanda Gonçalves Chaves.

Fonte: revistaoeste

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