A BYD define a data que marcará o início de sua operação fabril no Brasil: em 26 de junho de 2025, a linha de montagem instalada em Camaçari (BA), no antigo complexo da Ford, dará início oficialmente à produção de veículos da marca no país.
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O anúncio foi feito por Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD Brasil, durante a apresentação do novo Song Plus. O executivo convidou a imprensa e autoridades para acompanhar a fabricação da primeira unidade nacional da marca.
O modelo ainda não foi revelado, mas é certo que os dois primeiros a saírem da fábrica serão o Dolphin Mini, que fará história como o primeiro elétrico montado em série no Brasil, e o Song Pro, SUV híbrido que ará a contar com uma mecânica adaptada para o etanol.
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Produção começa em ritmo moderado, mas com metas ambiciosas 6j6tk
Imagem: Divulgação
Apesar do início marcado para o fim de junho, a operação começará em regime SKD e CKD, com componentes e kits importados da China para montagem local. A expectativa, no entanto, é que o nível de nacionalização aumente significativamente nos próximos dois anos.
A BYD planeja atingir 70% de conteúdo local até o fim de 2026, quando setores como pintura e estamparia arão a operar plenamente.
A fábrica baiana terá capacidade para produzir até 150 mil veículos por ano, abrangendo até 12 modelos diferentes.
Além dos dois primeiros confirmados, a marca prepara a nacionalização do hatch médio Dolphin e do SUV compacto Yuan Pro, ambos com inéditas versões híbridas flex plug-in desenvolvidas especialmente para o mercado brasileiro.
Estrutura será a maior da BYD fora da China 567w
Com 4,6 milhões de m², o novo polo industrial da BYD será o maior da marca fora do território chinês, reunindo 28 instalações voltadas não só para a produção de carros de eio, mas também para ônibus, caminhões e processamento de materiais para baterias, como o lítio.
A aquisição do terreno custou aproximadamente R$ 290 milhões ao Governo da Bahia, e a empresa projeta a criação de até 20 mil empregos diretos e indiretos até 2026. A presidente da BYD nas Américas e Europa, Stella Li, destacou que a operação será “altamente verticalizada”, com foco na autonomia produtiva em solo brasileiro.
Cronograma sofreu atraso, mas segue estratégico 5i1p2z
Imagem: Projeções/ Kleber Silva
O plano original previa o início da produção em março deste ano, mas a agenda foi adiada após investigações do Ministério Público do Trabalho sobre denúncias de condições análogas à escravidão, envolvendo fornecedores.
Ainda assim, a marca corre contra o tempo para iniciar a montagem local antes da elevação das alíquotas do Imposto de Importação para veículos elétricos e híbridos, prevista para os próximos meses (25% para elétricos e 28% para híbridos plug-in).
Picapes nacionais no horizonte 2p1j3w
Imagem: Projeções/ Kleber Silva
A médio prazo, a BYD também prepara duas picapes nacionais: uma de porte compacto, voltada para concorrer com a Fiat Strada, e outra de tamanho intermediário, na faixa da Toro.
Os modelos ainda estão em fase de desenvolvimento, mas deverão reforçar a presença da marca em novos nichos do mercado brasileiro.
Com a operação em Camaçari prestes a começar, a BYD acelera seu projeto de consolidação como referência em mobilidade elétrica e híbrida no Brasil e promete movimentar ainda mais o segmento nos próximos anos.
Fonte: autoo