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Blockchain no agronegócio: descubra o potencial desta tecnologia para o setor agrícola 4bb45

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O agronegócio brasileiro mantém sua importância na economia nacional, correspondendo a quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP). Esse número demonstra como o setor é fundamental para o país.

Não apenas na geração de alimentos interno, mas também como grande responsável pelas exportações que sustentam a balança comercial. Sendo assim, a adoção de novas tecnologias é um dos principais caminhos para impulsionar ainda mais a competitividade no campo. E o blockchain é uma delas.

Essa inovação tem chamado a atenção de produtores e especialistas. Muitas vezes relacionado apenas ao mundo financeiro e às criptomoedas, esse conceito vem se mostrando muito mais amplo e aplicável em diversos segmentos, incluindo o agronegócio. Pode que o foco seja para comprar criptomoedas agora, mas há muito potencial agro a ser explorado com essa tecnologia.

O que é blockchain e por que ele importa para o agro BR

O blockchain é, de forma simplificada, um sistema de registro distribuído, no qual informações são armazenadas em blocos encadeados e protegidos por criptografia. Cada bloco contém um registro de transações, além de um código que conecta esse bloco ao anterior, formando uma “cadeia” virtual.

Uma das suas principais vantagens é a transparência. Todos os participantes da rede têm o ao histórico das transações, sem depender de uma autoridade central, como um banco ou órgão regulador, para validar as informações. No agronegócio, as cadeias produtivas podem ser complexas e envolver diversos intermediários.

Isso é, fornecedores de insumos, produtores, cooperativas, tradings, varejistas e consumidores finais. Então essa transparência e rastreabilidade são extremamente úteis. É possível acompanhar todo o caminho do produto, desde a plantação até a gôndola do supermercado, assegurando a procedência e a qualidade do que está sendo comercializado.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de produtores rurais conectados à internet cresceu muito entre 2006 e 2017, saltando de 75.000 para 1,4 milhões de estabelecimentos com o. Isso mostra que o setor abraça rápida e amplamente a tecnologia.

Em 2024, as exportações do agronegócio brasileiro ultraaram os 160 bilhões de dólares, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), reforçando a importância de práticas inovadoras para manter a competitividade. A indústria não para de crescer.

Em meio a esse avanço da digitalização no campo, o uso de tecnologias como drones, sensoriamento remoto e sistemas de Big Data tem se tornado cada vez mais comum. O blockchain pode ser, então, o próximo o na evolução da agricultura de precisão, possibilitando registros mais seguros e eficientes.

Aplicações práticas do blockchain no agronegócio

As principais aplicações seriam na rastreabilidade e na segurança alimentar. A transparência oferecida pelo blockchain permite que cada etapa da cadeia produtiva seja registrada. Em casos de produtos de origem animal, por exemplo, o consumidor poderia verificar onde o gado foi criado, a data do abate, o local de armazenamento e até dados sobre o transporte.

Isso aumenta a confiança do comprador e reduz riscos de fraudes, pois as informações não podem ser alteradas depois de inseridas na rede. Em alguns países, iniciativas de registro em blockchain garantem que a carne ou o café cheguem aos mercados internacionais com certificado de origem confiável.

No Brasil, essa implementação pode ajudar produtores a atenderem exigências cada vez mais rigorosas em mercados externos. Também há automação de contratos. Os smart contracts ou “contratos inteligentes” são programas de computador que rodam em redes blockchain e executam automaticamente as cláusulas acordadas entre as partes.

No agronegócio, isso pode se traduzir em pagamentos automáticos quando a entrega de um carregamento de soja é confirmada, por exemplo, ou no disparo de ordens de compra de insumos assim que o estoque atinge determinado nível. Cooperativas podem utilizar smart contracts para acertar datas de entrega e pagamento com pequenos produtores, gerando mais agilidade e menos risco de inadimplência.

A remoção de intermediários na validação de dados e transações também diminui a necessidade de processos longos e onerosos. A exportação de produtos agrícolas, por exemplo, envolve uma série de autorizações e documentações que podem ser simplificadas quando há uma base de dados transparente e compartilhada por todos.

Produtores que exportam grãos podem usar o blockchain para armazenar certificados fitossanitários, documentos de transporte e registros de qualidade, facilitando a auditoria por importadores estrangeiros. Por outro lado, o blockchain pode funcionar em conjunto com dispositivos de Internet das Coisas (IoT).

Como, por exemplo, sensores de umidade no solo, drones de mapeamento aéreo e sistemas de monitoramento de clima. Assim, os dados captados pelos sensores podem ser registrados em tempo real na rede, garantindo fidedignidade e segurança contra fraudes ou manipulações.

Sensores de umidade instalados em lavouras de cana-de-açúcar podem enviar dados para uma rede blockchain; se os níveis de umidade estiverem abaixo do ideal, um smart contract pode acionar automaticamente sistemas de irrigação.

Fonte: portaldoagronegocio

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