O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), LuĂs Roberto Barroso, solicitou nesta quarta-feira, 26, que os ministros FlĂĄvio Dino e Cristiano Zanin se manifestem sobre os pedidos de impedimento apresentados pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A defesa busca impedir que os ministros participem do julgamento da denĂșncia de âtrama golpistaâ contra Bolsonaro, alegando conflito de interesse. A solicitação de Barroso visa a coletar informaçÔes dos ministros antes de decidir sobre a issibilidade do pedido.
Na terça-feira 25, os advogados de Bolsonaro protocolaram uma petição no STF alegando razĂ”es especĂficas para o impedimento. Eles afirmam que Dino, quando ministro da Justiça nos primeiros meses do governo de Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT), jĂĄ havia apresentado uma queixa-crime contra o ex-presidente, indicando um possĂvel viĂ©s.

Em relação ao ministro Cristiano Zanin, a defesa argumenta que ele atuou como advogado da campanha de Lula durante as eleiçÔes de 2022, tendo inclusive movido açÔes contra a chapa de Bolsonaro.
Esses fatos, segundo os advogados, comprometeriam a imparcialidade necessĂĄria para participar do julgamento no Supremo.
Zanin se declarou impedido de julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro ao assumir o cargo no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele se considerou impedido de analisar um recurso de Bolsonaro contra a decisĂŁo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que suspendeu seus direitos polĂticos por oito anos devido a um suposto abuso de poder polĂtico ao criticar as urnas eletrĂŽnicas em 2022.
A denĂșncia contra Bolsonaro e outros 33 acusados serĂĄ julgada pela Primeira Turma do STF, formada pelos ministros Alexandre de Moraes, FlĂĄvio Dino, Cristiano Zanin, CĂĄrmen LĂșcia e Luiz Fux.
O relator da denĂșncia, Alexandre de Moraes, integra essa mesma turma, que tem a competĂȘncia para julgar açÔes penais conforme o regimento interno do tribunal.
Ainda nĂŁo hĂĄ data definida para o julgamento, mas espera-se que ocorra no primeiro semestre de 2025, considerando os trĂąmites legais.
Caso a maioria dos ministros da turma aceite a denĂșncia, Bolsonaro e os outros acusados se tornarĂŁo rĂ©us, iniciando-se assim uma ação penal no STF.
Fonte: revistaoeste